*Por Dislene Queiroz

O governo de Rondônia, através da Secretaria Estadual de Saúde (Sesau), deu um passo importante para a descentralização dos serviços de saúde implantando os procedimentos cirúrgicos oftalmológicos no Hospital Regional de Cacoal (HRC).

A primeira cirurgia aconteceu na terça-feira (27). A dona de casa, Edi Barghini, falou como se sente em ser a primeira paciente do novo serviço no HRC. Ela foi submetida ao procedimento de remoção de pterígio.

“Eu estou me sentindo privilegiada. Eu estava esperando por essa cirurgia há dois anos. Estou muito feliz de poder fazer a cirurgia aqui em Cacoal e não precisar ir pra Porto Velho, ficar longe da minha família”, disse a paciente.

O secretário de Saúde de Rondônia, Fernando Máximo, explica que foi preciso muito esforço e determinação da gestão para implantação do serviço. ” Foi uma soma de esforços de todos os lados para ampliar o serviço de oftalmologia, possibilitando atender à população daquela região do estado. Agora, além do atendimento clínico, também realizamos o diagnóstico e o procedimento cirúrgico, inicialmente de pequenos procedimentos. O próximo passo será as cirurgias de catarata, também no HRC.

Dra. Adriana Vieira de Almeida é a oftalmologista responsável pelos procedimentos em Cacoal

O coordenador do setor de oftalmologia do estado, Richael Menezes Costa, fez várias visitas ao HRC para acompanhar a instalação dos equipamentos,que somam cerca de R$ 600 mil adquiridos com recurso próprio da Sesau e também realizar o treinamento da equipe.

” Os procedimentos realizados em Cacoal, neste primeiro momento, serão de cirurgias externo ocular, pequenos procedimentos como pterígio e, em breve, o serviço intra ocular. Temos um complexo regional que abrange cerca de 750 mil habitantes e cerca de duas mil pessoas aguardando por procedimentos oftalmológicos que serão beneficiadas”, explicou Richael.

Também estão sendo realizados os exames de biometria ocular, microscopia especular e paquimetria ocular. Os pacientes regulados serão chamados conforme a sequência na regulação estadual naquela região e não precisarão vir a Porto Velho.

“Não é um serviço fácil, são muitos equipamentos. É necessário capacitar a equipe e isso exige tempo, dedicação e comprometimento de todos os servidores”, frisou Máximo.