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Notícia publicada em 15/02/2016 às 11:13 | Ponto & Virgula
Agora é pra valer: Novo Acordo da Língua Portuguesa está em vigência
Confira a coluna 'Ponto & Vírgula' do jornalista de Ji-Paraná Marcos Lock

 

 

Marcos Lock é jornalista profissional e professor universitário

Caros amigos leitores

Apresento desta vez 10 contribuições da coluna “Ponto & Vírgula” para abordar e esclarecer questões cotidianas da língua portuguesa. Elas serão publicadas duas vezes por semana aqui no prestigiado site RUL. Boa leitura e enviem suas contribuições para o e-mail da coluna, que é o colunapontoevirgula@gmail.com ou para o whatsapp 9221-7296. Elas serão muito bem recebidas e, é claro, respondidas.

 

 

Agora é pra valer: Novo Acordo da Língua Portuguesa está em vigência


O tão falado, comentado e criticado Novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa finalmente está valendo em definitivo. A sua implementação integral estava prevista para 1º de janeiro de 2013, contudo, o Brasil a adiou para o início deste ano, prazo estabelecido também por Portugal. Ratificadas em setembro de 2008 as novas regras já estavam em uso por aqui desde 2009 em caráter não obrigatório. Nosso país logo passou a adotar as determinações, principalmente na Imprensa onde elas foram aceitas pela quase totalidade dos jornalistas, apesar da saraivada de ataques de colegas de profissão, professores e estudiosos da língua.

 

São oito as nações da Comunidade de Países de Língua Portuguesa, signatárias do documento ortográfico: Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor Leste. O grande objetivo é o de unificar as regras escritas em todos os países que têm o português como idioma oficial para melhorar o intercâmbio cultural e informacional, reduzir custos de produção editorial, além de ainda facilitar a difusão bibliográfica nesses países.

 

Nesse sentido, a grafia de aproximadamente 0,5% (sim, é só isso que o Novo Acordo modifica, o que equivale a mais ou menos 2 mil palavras) dos termos em português teve várias alterações propostas, a exemplo de ideia, creem e bilíngue, que passam a ser registradas, agora obrigatoriamente, sem o acento agudo, sem o circunflexo e sem o trema, respectivamente. Já em Portugal cerca de 10 mil termos mudaram, ou seja, algo em torno de 1,5%. Lá, óptimo e acção, por exemplo, passaram a ser grafados como por aqui (ótimo e ação). 

 

Todo professor, independentemente da disciplina que leciona, deverá seguir as normas para escrever corretamente em diferentes contextos, seja na preparação e na correção de atividades e provas, no quadro, nos bilhetes enviados aos responsáveis, no planejamento, em textos direcionados aos colegas de trabalho e à direção, seja no seu planejamento.  A melhor forma de lembrar as alterações — e incorporá-las definitivamente — é manter bons materiais de consulta sempre à mão.  No computador, usar versões atualizadas de corretores de texto  e de dicionários eletrônicos também ajudam. Crianças em processo de alfabetização são as menos afetadas, pois já deverão aprender conforme as novas regras da língua.

 

OUTROS ACORDOS — Mudanças ortográficas não são exatamente uma novidade no Brasil. As primeiras ocorreram em 1943, com o propósito de aproximar as normas oficiais do idioma usado no cotidiano. Assim, foram adotadas grafias como comércio e farmácia, que já eram usadas por aqui, tais como commercio e pharmacia. Uma nova atualização ocorreu em 1971 quando, entre outras mudanças, o trema nos hiatos átonos (como em vaïdade) deixou de ser usado. Além disso, o acento circunflexo diferencial nas letras “e” e “o” das palavras escritas da mesma maneira, mas com sons distintos, foi eliminado. É o caso dos substantivos almôço e comêço, que levavam acento circunflexo para serem distinguidos de almoço [pronunciava-se almóço] e começo [pronunciava-se coméço], das conjugações dos verbos almoçar e começar, na primeira pessoa do singular. 

 

Até a próxima questão, amigos!

Marcos Lock (*)

 

E-mails para esta coluna devem ser enviados para colunapontoevirgula@gmail.com.

(*) Jornalista profissional, professor universitário e graduando do curso de Licenciatura em
Língua Portuguesa e suas Literaturas, da Universidade Aberta do Brasil/UNIR
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