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Notícia publicada em 24/06/2021 às 11:40 | Música
Conheça o Coral Tabernáculos: belíssimo projeto artístico pioneiro em Rondônia

 

 

Por Vanessa Lemes


A música é capaz de unir povos, culturas, quebrar preconceitos, além de redirecionar e ressignificar o sentido da vida.

 

Impelido por esses propósitos, o maestro Jhonata Jankowitsch tem cumprido a sua missão, ao transmitir o conhecimento para pessoas de diferentes camadas sociais e oportunizar mudanças de vida. Apaixonado pelo processo de transformação, Jankowitsch utiliza sua vasta bagagem acadêmica e experiência a fim de repassar o conhecimento para diferentes classes.

 

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E foi ensinando que o músico entendeu como poderia impactar as pessoas. Apesar de ter atuado como professor de música em uma instituição anos antes, em 2015 e 2016, o músico desenvolveu um projeto social com cerca de 60 alunos, por meio da Agência Adventista de Desenvolvimento e Recursos Assistenciais (Adra).

 

Com aulas de musicalização e instrumentos, Jankowitsch impactou a vida de adolescentes e jovens, que viviam suscetíveis à marginalidade, em um bairro de subúrbio em Porto Velho, Rondônia. Um dos alunos, Marcos Alves, de 21 anos na época, desenvolveu habilidades ao aprender a manusear o violão, a ter disciplina e se tornou monitor dos novos estudantes. O ex-dependente químico encontrou no projeto um novo rumo para a sua existência. “Aos 19 anos comecei a me envolver com drogas e fui me afundando cada dia mais. Mas, um certo dia, fiquei sabendo do projeto de música e decidi participar.

 

"Passei a me dedicar, abandonei as drogas, graças às aulas, porque mudou tudo. A minha vida está melhor agora”, mencionou Alves no período.

 

Projetos recentes mesmo sem obter recursos financeiros dos projetos que realiza, por atuar na área financeira e administrativa, Jankowitsch tem prazer em se voluntariar em iniciativas artísticas voltadas para aspectos sociais. Em 2019, o músico foi convidado por um artista para treinar e gravar becks vocais para um projeto individual. Após a realização do primeiro worship experience, o cantor principal ficou tão satisfeito com o experimento, que desejou realizar uma segunda gravação.

 

No entanto, ao invés de ser um grupo menor, a experiência contaria com um grande coral. Foi então que a ideia surgiu. A partir da necessidade, Jankowitsch criou, em maio de 2020, o Coral Tabernáculos, com a participação de 70 pessoas de diferentes áreas profissionais, como médicos, advogados, psicólogos, universitários, entre outros. Com carreiras distintas, o coral comunitário engloba pessoas apaixonadas pela arte de cantar e tocar, de diferentes religiões, e que não vivem profissionalmente da música.

 

 

A iniciativa deu tão certo que, em pouco tempo, as gravações dos clipes renderam mais de 32 milhões de visualizações no YouTube, com acesso nacional e internacional. O projeto gravado foi um marco para Rondônia, mostrando a relevância social e o pioneirismo artístico no estado - relativamente novo, com quarenta anos de formalização. Participantes Com os ensaios em Ji-Paraná (município com cerca de 130 mil habitantes), 30% dos participantes residem em outros municípios, como Ouro Preto do Oeste, Presidente Médici, Jaru e Porto Velho, capital do estado. Residente em Ji-Paraná, como 80% dos componentes do Coral Tabernáculos, a psicóloga Alyssa Tavares, 26 anos, ficou sabendo do coral em junho do ano passado, quando ela e o marido decidiram fazer parte do projeto.

 

 

A soprano conta como está sendo beneficiada ao participar do programa. “Para mim, tem sido muito importante, pois tem ajudado a desenvolver melhor o meu ministério [de música]. Através do coral, temos trabalhado melhor as nossas vozes, como respirar no momento certo e a trabalhar em grupo. Esse aprendizado tem sido muito importante para a minha vida”, destaca a psicóloga.

 

Acompanhando o primeiro projeto do beck vocal, em 2019, o Kledí Senhorinho, 40 anos, é amigo de Jankowitsch, diretor vocal e regente do coral, e admira o profissionalismo e a ousadia para fazer, com maestria, o que foi proposto.

 

Os encontros, de ambas famílias, são sempre marcados por conversas relacionadas à música. “A minha relação de amizade com o Jhonata é de longa data, porque, além de ser um ótimo profissional, é uma pessoa muito bacana. Minha esposa e a esposa dele também são amigas, então, quando nos encontramos, conversamos muito sobre música”, relata.

 

Atualmente, Senhorinho é tenor no Coral Tabernáculos e revela que essa iniciativa tem fortalecido a sua finalidade de vida.

 

“É compensador participar do coral porque a minha missão é espalhar o evangelho e, todo o projeto que envolve Deus, em levar esperança, independente de quem irá ouvir, é muito gratificante. Esse trabalho é de muita relevância para a sociedade”, salienta.

 

Uma vida com significado Para o regente do coral, ensinar é a sua verdadeira paixão e o que move a cumprir o desígnio de sua existência.

 

“Eu entendo isso como propósito de vida, é o que me dá sentido. Sempre trabalhei a mais do que eu ganhei, mas gosto de ir além. A música tira diferenças pessoais, étnicas, religiosas e une todos na mesma finalidade de trazer harmonia, de cantar no mesmo tom, no ritmo e tudo isso traz unidade. Eu gosto de transmitir o que eu sei e tudo isso faz muito sentido para mim”, expressa Jankowitsch.

 

Pela primeira vez, o coral irá realizar a primeira apresentação aberta ao público durante a pandemia, após a liberação das medidas restritivas. O grande grupo se apresentará nesta sexta-feira, dia 25 de junho, às 19h30, na Primeira Igreja Batista em JiParaná, localizada na Avenida Marechal Rondon, no centro antigo da cidade. 
 

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