A histórica cheia do Rio Madeira em Rondônia completa 10 anos em 2024! A BR-364, entre Porto Velho e Rio Branco, inundada pela grande cheia deixou o Acre isolado, criando colapso de abastecimento. Em Porto Velho milhares de famílias ficaram desabrigadas.
A água do rio Madeira subiu gradativamente em 2014 até bater uma sequência de recordes e alcançar a marca histórica de 19,74 metros. O evento é reconhecido como extremo centenário, já que foi a maior cheia do rio ocorrida nos séculos 20 e 21.
A cheia histórica deixou casas, pontos turísticos, plantações e até cemitério cobertos pela água.
Mais de 30 mil famílias foram afetadas em 17 bairros, três distritos e em todas as comunidades ribeirinhas de Porto Velho. Moradores viram suas casas e estabelecimentos comerciais destruídos. Plantações que garantiam o sustento das famílias ficaram debaixo d'água.
“Eu nasci e me criei aqui [na zona ribeirinha]. Passei duas enchentes grandes: a de 1997 e a de 2014. Em 2014 foi quando eu mais chorei, todo dia eu chorava. Perdi a minha casa, perdi tudo. Nossas plantações centenárias que meu avô plantou, perdemos tudo. Em 2014 foi a pior [cheia] de todas”, relembra Severino Nobre, morador e líder comunitário da comunidade de Cujubim Grande, no Médio Madeira.
Bens históricos da capital também foram inundados pela água do Madeira: o Complexo Turístico da Estrada de Ferro Madeira Mamoré, obra centenária e patrimônio histórico nacional, ficou praticamente embaixo da água.
Além disso, o fornecimento de água potável de quatro distritos foi interrompido e a energia elétrica foi desligada em vários pontos da cidade, segundo a Defesa Civil.
A região portuária foi comprometida, dificultando a distribuição de bens, combustíveis e alimentos para Rondônia e outros estados.
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