Rul
Notícia publicada em 26/08/2024 às 08:41 | Educação
Conheça as novas perspectivas no tratamento da epilepsia refratária e a importância do manejo das convulsões

 

 

 

Por: Fernando Pereira

 

A epilepsia, uma condição neurológica que afeta aproximadamente 65 milhões de pessoas em todo o mundo, continua sendo um grande desafio na medicina, especialmente quando os pacientes não respondem aos tratamentos convencionais. Entre as formas mais difíceis de tratar está a epilepsia do lobo temporal mesial (ELTM), uma das variantes mais comuns de epilepsia resistente a medicamentos. No Brasil, onde a prevalência da epilepsia é de 1,8%, cerca de 4 milhões de pessoas convivem com essa condição.


Pesquisadores da Unilogos University, liderados pelo Dr. Wanderson Santos de Farias, especialista em neurologia, conduziram recentemente um estudo sobre o uso do canabidiol (CBD) no tratamento da epilepsia refratária. O canabidiol, um composto derivado da cannabis, tem demonstrado um efeito anticonvulsivante significativo, sendo capaz de reduzir a frequência das crises convulsivas em pacientes com epilepsia que não respondem aos tratamentos convencionais. Além disso, o canabidiol pode prevenir danos cerebrais irreversíveis, particularmente em crianças e adolescentes, onde as crises podem ter um impacto ainda mais devastador.


Apesar dos resultados promissores, os pesquisadores enfatizam que é necessário continuar com estudos mais aprofundados para entender plenamente os benefícios e os possíveis riscos do uso do CBD. "Precisamos desenvolver pesquisas robustas nesta área do saber e orientar a população em geral sobre como reagir diante de uma convulsão", afirma o Dr. Gabriel César Dias Lopes, doutor em psicologia e Presidente da Unilogos University. Como pai de dois meninos que já sofreram convulsões febris, o Dr. Lopes ressalta a importância de estar preparado: "Nunca esperamos que isso aconteça com nossa família, mas precisamos estar preparados!"


Além das descobertas sobre a epilepsia refratária, os pesquisadores da Unilogos University também destacam a importância do manejo adequado das convulsões febris em crianças. Essas convulsões, que ocorrem em crianças entre 6 meses e 5 anos durante episódios de febre alta, podem ser extremamente assustadoras. O Dr. Wanderson Santos de Farias reforça a necessidade de primeiros socorros adequados, realizados por pessoas próximas que tenham conhecimento básico. "É comum as pessoas ficarem paradas ou tentarem segurar a criança sem saber o que fazer, o que pode agravar a situação", explica ele.


As diretrizes da American Epilepsy Society, mencionadas pelo Dr. Uanderson Silva, outro membro da equipe de pesquisa, recomendam que, durante uma convulsão febril, é essencial proteger a criança para evitar lesões, colocá-la de lado e nunca tentar forçar a abertura da boca. 


"Nosso objetivo é realizar pesquisas e disseminar esse conhecimento aos serviços de emergência para minimizar os danos causados por convulsões quando não tratadas corretamente", complementa o Prof. José Augusto Ferreira da Silva, médico emergencista da Unilogos University.


Este estudo reafirma a importância de unir pesquisas científicas de ponta à educação e capacitação da população e dos profissionais de saúde, capacitando-os para lidar com crises convulsivas de forma mais eficaz e segura.

Patrocinadores do Portal Rul

Publicidade
RUL

CONTATO
E-mail: contatorul@gmail.com
Fone Redação: (69) 3423-7618
Comercial: (69) 9288-9018 • 9945-5358

 

Netmidia