O chocolate, conhecido pelos astecas e maias como xocolatl ou chocoatl que significa “água amarga”, surgiu em forma de uma bebida feita com grãos torrados de cacau, especiarias e mel.  Servida quente, era privilégio da nobreza.

Até então, a bebida era amarga e muitas vezes, misturada com pimenta. O conhecimento atravessou as civilizações pré-colombianas e chegou à Europa através de Hernan Cortez, onde passou por uma transformação e parte de sua fórmula original fora substituída por açúcar, canela e baunilha, o que fez com que seu gosto se aproximasse bastante do que conhecemos hoje.

Somente em 1825 o holandês Coenraad Johannes Van Houten criou uma fórmula para separar o licor da manteiga de cacau. Do licor criou-se o chocolate em pó e 20 anos depois uma firma inglesa, a Fray and Sons, produziu o primeiro chocolate em barra para comer.

Na suíça, o chocolate passava por uma nova transformação, o leite fresco era adicionado á sua fórmula, nascendo o chocolate ao leite. Várias combinações surgiram desde então, agradando todos os paladares.

 Saúde

Mas é no chocolate amargo que os estudos científicos encontram os benefícios potenciais à  saúde humana. Pesquisas indicam que o cacau com flavonoides aumentam o fluxo sanguíneo na massa cinzenta, e que poderá ser usado em tratamento de problemas nos vasos cerebrais.

Outra substância encontrada no chocolate amargo é a epicatequina, associada á exercícios físicos, tem função estimulante da memória.

Cientistas franceses constataram em 1640 pessoas com média idade de 77 anos, que tinham uma dieta rica em flavonoides teve menor declínio das funções cognitivas.

Sabe aquele cansaço? De acordo com pesquisadores da Escola médica de Hull York no Reino Unido, descobriram que o consumo de 45 gramas do chocolate amargo reduz os sintomas da síndrome da fadiga crônica.

A cada 100 grama de chocolate é possível encontrar 160 miligramas de teomobrina, fitoquímico presente em grande quantidade nos produtos de cacau. Tem ação diurética e semelhante à cafeína, que estimula o sistema nervoso central, do sistema respiratório e dos músculos cardíacos.

O chocolate além de agradável a todos os paladares é também um remédio, e bem aprovado pelo público feminino, este responsável por mais de 55% do consumo no Brasil, segundo a pesquisa do Target Group Index. No entanto, vale ressaltar que essa tentação deve ser devorada com moderação, ou seja, o consumo recomendado pela Organização mundial da Saúde é de 30 gramas por dia, de preferência, fuja dos produtos que abusam da gordura hidrogenada, utilizada para substituir o cacau.