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Notícia publicada em 26/07/2018 às 11:52 | Saúde
Placenta é transformada em arte no Centro de Parto Normal de Ji-Paraná
O projeto visa contribuir com o processo de incentivo ao parto natural

 

 

As equipes do Centro Obstétrico da Prefeitura de Ji-Paraná iniciaram um projeto que visa contribuir com o processo de incentivo ao parto natural no município: a arte com placenta.

 

Após o parto normal, a placenta que serviu para proteger e nutrir o bebê dentro do útero é usado para fazer o desenho da árvore da vida. A placenta é pintada e colocada sobre num papel. O caule é o cordão umbilical, os galhos são as extensões dos vasos sanguíneos e as folhas, o tecido placentário.

 

Segundo a diretora do Centro de Parto Normal, Márcia de Oliveira Lúcio, o carimbo da placenta serve para lembrar as mamães da experiência de ter gerado o bebê no ventre.

 

A iniciativa faz parte de uma série de atividades e procedimentos realizados pela Secretaria Municipal de Saúde (Semusa), para incentivar as mulheres a optarem pelo parto normal.

 

“Nossas equipes estão empenhadas para promover o parto que é mais saudável para o bebê e a mãe. Para isso, estamos realizando ações que favoreçam o processo natural do nascimento. A mulher é livre para escolher a posição do parto, pode ouvir música, usar incenso, tomar banho quente e o acompanhante pode cortar o cordão umbilical. Isso tudo ajuda para que o parto aconteça sem intervenção”, explicou a diretora Márcia.

 

O diretor do Hospital Municipal Claudionor Roriz Rafael Papa, ressaltou que o resgate do parto natural é integrativo, que visa humanizar cada vez mais o nascimento dos bebês. “Temos o interesse de fazer esse resgate e transformar este momento inesquecível para a família, que espera o novo membro. A recordação artística da placenta e os detalhes na decoração fecham com chave de ouro nosso trabalho”, disse Rafael Papa.

 

A auxiliar administrativa, Vanessa França da Silva, de 27 anos, ficou encantada com a ideia de registrar no papel o órgão que protegeu seu pequeno Vitor Inácio durante a gestação.

 

“Eu não conhecia esse projeto e fiquei surpresa quando vi. No começo achei estranho, depois percebi que será uma linda recordação. Vou colocar a cópia da placenta do meu primeiro filho num quadro e guardar com muito carinho. Todo esse acolhimento aqui na maternidade faz toda a diferença para nós mamães que estamos passando por um momento único em nossas vidas”, disse sorridente.

 

O esposo da Vanessa, o motorista Tiago José da Silva, também gostou da iniciativa do Centro de Parto Normal de tornar a experiência do parto, numa boa recordação. “Eu não imaginava que o atendimento aqui fosse assim. Eles colocaram até enfeite e o nome do meu filho na porta do apartamento. Esse acolhimento me deixou muito feliz. Ver a minha família cuidada não tem preço”, falou o papai de primeira viagem.

 

Com ações como essas, a meta da Prefeitura de Ji-Paraná é aumentar o número de partos normais e diminuir a cesariana. Para o médico ginecologista e obstétrico, José Antonio Urresti, o nascimento natural é uma recomendação do Ministério da Saúde, e graças ao investimento do município na criação do Centro de Parto Normal, o número de mulheres que decidem pelo parto sem cirurgia, está aumentando.

 

“Sabemos que essa decisão é extremamente importante para a saúde dos dois. A mãe se recupera mais rápido, tem melhores condições de cuidar do filho ou da filha. Para o bebê, a grande vantagem é que ele respira melhor e tem mais saúde. Vale a pena investir no nascimento normal e, aos poucos, ir desmistificando essa história de que a cesariana é melhor. Tudo que é natural é mais saudável”, finalizou o médico.

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