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Notícia publicada em 26/02/2018 às 11:32 | Meio Ambiente
Projeto vai reflorestar 16 nascentes em Nova União

 

 

Imagem ilustrativa / divulgação

*Por Vanessa Farias

 

Iniciado em 2017, o projeto Recuperar, incluído no Programa Floresta Plantada da Secretaria Estadual de Desenvolvimento Ambiental (Sedam), tem para este ano uma previsão de investimento de R$ 192 mil na recuperação de 16 nascentes localizadas no município de Nova União, onde o governo do estado trabalha o projeto piloto de reflorestamento de matas ciliares. Segundo o coordenador do Programa, Edgar Menezes, será investido R$ 12 mil por nascente.

 

O projeto Recuperar nasceu da necessidade de proteção e recuperação de nascentes de águas, detectada por um levantamento realizado pela Sedam. “O estado teve uma ocupação no passado de forma desordenada e muitas das sub-bacias e bacias hidrográficas, regiões de rios onde se formam as nascentes de águas, ficaram seriamente comprometidas. Ao longo desse processo, pouca coisa se fez de concreto, e o governador Confúcio Moura se preocupou com essa questão e procurou meios para atender a essa demanda”, diz Menezes.

 

A sub-bacia do Rio Jaru, que deságua no Rio Machado, compreende a 15 municípios. A região é de muita atividade pecuária, também piscicultura, agrícola e produção leiteira. O problema para os produtores locais é que, com a chegada do verão, as águas “desaparecem” na maioria dos igarapés. “Ter uma propriedade rural e não ter condições de água para atender à produção e consumo próprio, o local se torna inviável. E nessa região o ambiente está profundamente descaracterizado do seu natural, bastante afetado. O nosso estudo fez o mapeamento de todas as principais nascentes dos rios que drenam para o Rio Jaru, mostrando claramente a necessidade de recuperação, com preocupação voltada para as cabeceiras das nascentes”, considera o coordenador.

 

No levantamento, o município de Nova União foi apontado como o mais afetado entre os 15 cobertos pelo Rio Jaru, e precisava de medidas urgentes. Em Nova União, 583 nascentes de águas foram descobertas. Como muitas estão dentro de propriedades rurais, 16 proprietários foram escolhidos para aderir ao programa. Nos critérios para a escolha, está a vontade expressa deles em participar do trabalho, locais de boa visibilidade para que as experiências bem sucedidas sejam replicadas para os demais munícipes e outras cidades da região. Para isso a Sedam teve o apoio da prefeitura local e da Emater, com a facilidade de comunicação diretamente com os produtores.

O governo entra com a distribuição de madeira e arame para cercar 6.000 m² de área das propriedades onde estão as nascentes escolhidas, e as mudas que deverão ser plantadas. Todo o trabalho de mão de obra fica por conta dos proprietários. Este ano, nova licitação deverá ser feita para a aquisição de um caminhão, mudas, madeiras e arames, com previsão orçamentária de R$ 717 mil.

 

“Simultaneamente a isso, estamos fazendo um trabalho no município de Jaru, com a recuperação do Igarapé Mororó, que é um importante curso de água que passa em boa parte do perímetro urbano da cidade e está com sua cobertura vegetal totalmente comprometida. Até a próxima semana terminaremos de fazer o levantamento de todos os proprietários da área, com o diagnóstico, e ate o final do ano, esperamos concluir esse trabalho de recuperação, assim como o de Nova União”, completa Menezes.

 

Com essa mobilização, o governo espera mais adesão de outras prefeituras e produtores rurais para a recuperação de suas nascentes, com responsabilidade dividida entre todos os interessados. “Nós seguimos o decreto estadual de recuperação de matas ciliares, que responsabiliza o governo pelo fornecimento de mudas. O governo está ‘puxando o carro’, o Ministério Público tem sido grande incentivador no sentido de intimar o produtor para mostrar que nós precisamos nos mobilizar, porque a água que se pensava antigamente que era um bem infinito, hoje já se sabe que pode acabar”.

 

Para garantir a produção e distribuição de mudas, o governo está em processo de implantação de seis viveiros em pontos estratégicos do estado, sendo Porto Velho, Ariquemes e Rolim de Moura, que já estão em andamento, e Espigão do Oeste, Escola Abaitará – em Pimenta Bueno, e Jaru. “São R$ 900 mil de recursos delegados, e até o final do ano esperamos que estejam todos montados e consolidados, e que esses projetos atrelados ao programa sejam exemplos para todos os municípios e que seja dado continuidade, como espelhos para novas iniciativas nos próximos anos”, concluiu o coordenador do Programa Floresta Plantada.

 

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