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Notícia publicada em 18/12/2017 às 16:59 | Agricultura
Aumento da produção de inhame fortalece a economia de Rondônia

 

 

*Por Wania Ressutti

 

Desde sua consolidação como alternativa de renda para produtores familiares da região do Vale do Guaporé, o inhame vem ganhando novos adeptos no estado. Municípios das regiões como a do Vale do Jamari, central e centro-sul do estado também estão investindo na cultura. Com a produção em crescimento, investidores são atraídos ao estado em busca do produto para exportação.

 

Implantado inicialmente no município de São Francisco do Guaporé a produção de inhame vem se consolidando como uma das principais culturas de incremento à economia de Rondônia. Os números apresentados pela Gerencia Técnica da Emater-RO apontam um crescimento na produtividade de inhame nos municípios da região do Vale do Guaporé que passou de uma produtividade de 4.869 ton/ano em 2016 para 8.947 ton/ano em 2017, um aumento 83,75% em apenas um ano, com destaque para São Miguel do Guaporé que teve um aumento de mais de 150% (quadro 1). São eles que detêm a maior produção do estado, porém outros municípios, como: Machadinho do Oeste, Pimenta Bueno, Rolim de Moura, Nova União e até produtores da capital começam a investir na cultura.

 

As variedades que mais se adaptaram ao solo rondoniense foram: Inhame Da Costa (Dioscorea cayennensis Lam.) e Inhame SãoTomé (Dioscorea alata L.). “Devido as condições edafoclimáticas favoráveis a cultura, a primeira experiência foi realizada na região do Porto Murtinho, por agricultores que vieram do nordeste e se instalaram naquele local”, explica o gerente regional da Emater-RO para o Território do Vale do Guaporé, Luciano Brandão.

 



Ao longo dos anos a cultura difundiu-se na região tornando um negócio rentável para os municípios do entorno da BR-429. Luciano conta que, sob orientação dos extensionistas da Emater-RO, 375 agricultores familiares assistidos na região do Vale do Guaporé vêm conseguindo melhorar as técnicas de produção e comercialização do inhame, agregando melhores preços aos produtos. “Esses produtos são comercializados em sua totalidade para fora do estado, em especial para o nordeste, grande compradora da produção local, gerando uma renda bruta na região em torno de R$ 24 milhões com uma produção, em média, de 16 mil toneladas ao ano, cerca de 40% a mais que no ano passado”, diz Luciano.

 

O gerente explica ainda, que apesar de a produção ter aumentado, houve uma queda no valor econômico gerado com a venda da produção. “Isso se deu devido a uma pequena queda na produção do inhame da variedade Da Costa, cujo preço médio é bem maior que o da variedade São Tomé, que teve um aumento na produção de mais de 70%, passando de 6.796,25 toneladas em 2016, para 11.700 toneladas em 2017.

 

CULTURA EM EXPANSÃO

 
As boas perspectivas apresentadas na produção de inhame pelos agricultores do Vale do Guaporé têm despertado o interesse pela cultura em produtores de todo o estado. A região do Vale do Jamari, segunda maior produtora do estado, ganha destaque com a produção de Machadinho do Oeste que conta com uma produtividade de 600 toneladas/ano.

 

Outras regiões também têm buscado no inhame a alternativa para melhoria de renda da família rural. Segundo dados do Sistema de Gerenciamento de Assistência Técnica e Extensão Rural (Sigater), da Emater, a entidade assiste diretamente, em todo o estado, 4.347 agricultores familiares que exploram uma área de 1.408,5 ha e que juntos produzem 706.128 toneladas/ano, uma produção que está se expandindo. 



Esses resultados têm atraído investidores ao estado em busca do produto visando sua exportação. Considerado um dos alimentos medicinais mais eficientes, com inúmeros benefícios à saúde, o inhame é um produto muito procurado para consumo de quem quer levar uma vida mais saudável. Países como Paquistão, Holanda e Estados Unidos têm buscado a produção rondoniense para satisfazer a necessidade de sua população.

 

A exportadora “Atlântica Comércio de Grãos”, sediada no estado do Espírito Santo, visitou recentemente a região do Vale do Guaporé e trouxe grandes perspectivas de compra da produção para comércio direto com outros países. Como se pode perceber, a demanda é grande e com o mercado aberto os produtores querem investir mais na cultura com a certeza de que esse é um bom negócio para a economia local.

 

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